
Marta Faustino é investigadora do IFILNOVA (Instituto de Filosofia da NOVA). Estudou Ciências da Comunicação (2002) e Filosofia (2005) na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e doutorou-se em Filosofia (2013), na mesma universidade, com a dissertação Nietzsche e a Grande Saúde. Para uma Terapia da Terapia. Desenvolve atualmente um projeto individual sobre a Filosofia como modo de vida, com especial foco em Nietzsche, Hadot e Foucault. De 2018 a 2022 coordenou o Art of Living Research Group e de 2023 a 2025 liderou, como Investigadora Principal, o Projeto Exploratório da FCT Mapping Philosophy as a Way of Life: An Ancient Model, A Contemporary Approach. É autora de vários artigos e ensaios sobre Nietzsche, Hadot, Foucault e os filósofos helenistas e coeditora de Nietzsche e Pessoa: Ensaios (Tinta-da-china, 2016), Rostos do Si: Autobiografia, Confissão, Terapia (Vendaval, 2019), The Late Foucault: Ethical and Political Questions (Bloomsbury, 2020), Filosofia Como Modo de Vida: Ensaios Escolhidos (Edições 70, 2022) e Hadot and Foucault on Ancient Philosophy: Critical Assessments (Brill, 2024). Está atualmente a co-organizar o Oxford Handbook of Philosophy as a Way of Life.
Filosofia como Modo de Vida – Ensaios Escolhidos
Nietzsche e Pessoa Ensaios
21.06 Casa das Histórias Paula Rego | O mais temível de todos os males”. Epicuro, Heidegger e o medo da morte
O medo da morte é um dos medos mais comuns e pervasivos da existência humana e também um dos temas que mais suscitou reflexão filosófica desde o início da sua história. Esta palestra contrastará as perspectivas de dois filósofos radicalmente diferentes e separados por mais de dois milénios: Epicuro de Samos e Martin Heidegger. Se Epicuro se esforça por nos mostrar que não há nada de temível em morrer por forma a eliminar o medo da morte e conduzir-nos a uma forma de vida mais tranquila e feliz, Heidegger procura intensificar a nossa relação com ela e produzir uma consciência aguda da nossa finitude, como condição de possibilidade de uma existência autêntica. O contraste entre os dois filósofos coloca-nos, assim, perante uma escolha radical entre duas atitudes existenciais perante a morte: a tranquilidade ou a autenticidade.