
Gilles Lipovetsky é Professor associado de Filosofia, Cavaleiro da Legião de Honra e Doutor Honoris Causa pela Universidade de Sherbrooke (Canadá), pela Nova Universidade Búlgara de Sofia (Bulgária), pela Universidade de Aveiro (Portugal), pela Universidade de Vera Cruz (México), pela Universidade Autônoma do Caribe Barranquilla (Colômbia), pela Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Brasil). O seu campo de instigação está relacionado com: transformações de valores, estilos de vida e comportamentos nas sociedades ocidentais desenvolvidas.
Faz ainda seminários e conferências sobre ética empresarial, individualismo, luxo, consumo, neocapitalismo e crise democrática.
Tem publicados e traduzidos para português os seguintes livros: A Era do Vazio (1983), O Império do Efêmero (1987), Crepúsculo do Dever (1992), A Terceira Mulher (1997), Metamorfoses da Cultura Liberal (2002), Luxo Eterno (2003), Tempos Hipermodernos (2004), A Felicidade Paradoxal. Ensaio sobre a sociedade de Hiperconsumo (2006), A Sociedade da Decepção (2006), Cultura Mundial. Resposta a uma sociedade desorientada (2008), O Ocidente Globalizado. Controvérsia sobre a Cultura Global (2010), A Estetização do Mundo. Vivendo na Era do Capitalismo Artístico (2013), Leveza. Rumo a uma civilização da luz (2015), Agradar e Tocar. Ensaio sobre a Sociedade da Sedução (2017), A Coroação da Autenticidade (2021), A Nova Era do Kitsch. Ensaio sobre a civilização do “demais” (2023).
A Nova Era do Kitsch – Ensaio sobre a cultura do «excesso»
A Sagração da Autenticidade
Agradar e Tocar – Ensaio sobre a sociedade da sedução
19.06 Bairro 25 de Abril
21.06 Casa das Histórias Paula Rego | A SOCIEDADE DA INSEGURANÇA
O medo nunca abandonou a humanidade. Todas as épocas tiveram as suas angústias: guerras, fomes, epidemias. O medo já não se limita aos conflitos armados ou às crises económicas, mas está presente em todos os aspetos da vida quotidiana.
A inteligência artificial ameaça os empregos, o clima perturba as estações, os vírus aparecem sem aviso, a guerra está de novo à nossa porta e até a alimentação está a tornar-se uma fonte de preocupação.
Longe de propor um horizonte tranquilizador, o progresso técnico parece estar a aumentar a nossa ansiedade.
A modernidade já não é sinónimo de confiança no futuro, mas de dúvida permanente. A era hipermoderna coincide com o aparecimento de uma sociedade de insegurança, onde o futuro é menos uma promessa do que uma fonte de ansiedade e medo.