
Catarina G. Barosa, estudou Direito e fez o curso de Teatro. Estudou também Filosofia na Universidade Católica Portuguesa e, atualmente, está a fazer o doutoramento em Filosofia na Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Socias e Humanas. Exerceu advocacia durante seis anos, trabalhou em organizações sete anos e, depois, passou a desempenhar funções de direção de conteúdos numa empresa de comunicação por si criada. Como jornalista dirigiu durante nove anos a revista Líder, escreveu guiões para televisão, assinou entrevistas e outras peças jornalísticas que procuraram sempre levar para o mundo corporativo a Filosofia e outras disciplinas do conhecimento. Escreveu dois livros, Giro Logo Existo, que reúne conversas com seis filósofos e também o livro Duas Mulheres em Jogo, onde assina a primeira parte que dedica a estabelecer a ligação entre o Futebol e a Filosofia. Funda o Espanto – Festival Internacional de Filosofia como espaço de reflexão coletiva e de desenvolvimento humano onde o mundo real se liga com o mundo do pensamento numa tentativa de compreender o mundo, o outro e a si mesmo.
21.06 Casa das Histórias Paula Rego | UM OLHAR CRIATIVO, CINÉFILO E NEUROCIENTÍFICO PARA O MEDO
Criar assusta e transporta o criativo para terrenos onde a expressão do medo se faz sentir de várias formas, desde o medo da página em branco, ao medo criativo e à Síndrome do Impostor passando pelo medo da irrelevância até ao medo da repetição, são cenários caóticos que exigem uma intervenção combativa. O medo humano de perder a identidade, a memória, seja coletiva ou individual, conduz-nos a todos para lugares onde se impõe um esforço de apaziguamento e a coragem para o enfrentamento. O paradoxo do trauma como instilador de coragem ou de cobardia e os desafios que isso impõe às sociedades.
Se só a filosofia nos pode salvar e dissipar os “terrores da mente”, como escreveu Lucrécio, poderá também o cinema ter um efeito catártico, terapêutico, para enfrentar as ansiedades que o mundo nos provoca e “pôr a descoberto a verdadeira natureza das coisas”? Estaremos nós num Mundo: Fight or Flight? E a filosofia será aqui uma Philosofight?